Neither in the dark, neither in the light. We write our stories covered by shades.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Os Amaldiçoados Ammarândíl - Conto

Olá pessoas! Como os senhores podem perceber, eu mudei o design do Blog.. O que acharam? Eu achei que assim ficou melhor para ler, e, em teoria, eu e mais algumas pessoas daqui vamos postar sempre, e textos maiores. (E fundo preto cansa a vista, além desse modo permitir parágrafos maiores.)

Abaixo eu posto um conto antigo, que escrevi a Time Skips atrás da aventura, mas com muitos erros de português retirados e um punhado de detalhes a mais, como a citação de La-Uth nessa história e o nome definitivo da adaga Dandelion.

Pode ser uma novela mexicana, mas é uma novela mexicana da qual eu me orgulho muito, senhores!

Comentários são sempre bem-vindos!

PS: Conversei com o caríssimo senhor Box, responsável por outro jogo de RPG do qual mais da metade dos presentes aqui participam, e concluímos que seria fantástico se vocês postarem material referente também ao jogo do Box. Será muito bem vindo. Na verdade, qualquer coisa que se passe no mesmo universo de jogo que o nosso, é bem vinda.

Ou seja, se quizerem escrever sobre o tio do vizinho de algum personagem que nunca será relevante.. Maravilha. Este antro precisa de mais textos.

Grata.

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Os Amaldiçoados Ammarândíl

Ètthanwym Ammarândíl viveu sua vida da melhor maneira que pode. Viveu, eu digo, porque não pôde viver mais. Por causa de tudo o que aconteceu, ele provavelmente está morto. Ou deveria estar morto. Ou enterrou o passado de tal forma que, hoje em dia, é como se nada nunca tivesse acontecido.

O jovem Ethan (Como escrevem os humanos, pouco acostumados com as peculiaridades da escrita e linguagem élfica, bem como de suas diferentes nuances de pronúncia) nasceu em uma família que não deveria ter sido consolidada. Que nunca se consolidou na verdade, que não passou de um jogo doentio de brincar com vidas.

Ele devia se orgulhar de seu sangue, sua família, os Ammarândíl. Família de tradição, sendo incontáveis as centenas de anos que seus feitos estão escritos nos pergaminhos de história élfica. Ou estavam.

Mas não era o caso.

O sangue nobre de Ethan era herdado por parte de mãe. Sua linda mãe, de cabelos louros e cacheados, de olhos azuis claros como eram os dele. Os anos não foram generosos com ela. O destino, menos ainda. Quando jovem havia se apaixonado por um belo elfo andarilho, que caminhava pelo glorioso reino de Lenórienn despreocupadamente, indo aonde o vento soprava. De coração bondoso, mas de mente caótica, do tipo de pessoa que não se prende a ninguém.

Decidiu fugir com ele. Ela foi amaldiçoada pela própria família por fugir com um ladrão pé-rapado, que nem se lembrava do nome da própria família, e em cada lugar era conhecido por um apelido diferente. Na verdade, ele só era reconhecido por sua adaga; Dandelion. Arma mágica de uma antiga dinastia, os Siveriónn, de qual talvez o jovem elfo fizesse parte.

A arma tinha esse nome por estar sempre voando ao sabor da brisa, com ele, e por seu belo brilho prateado. Ao luar, ou ao sol, ficava branca. Branca como a flor que havia lhe dado o nome; Dandelion.

Nos primeiros anos, os dois foram felizes. Fugindo junto, nunca ficando em lugar nenhum, roubando, bebendo, escondendo-se meses na floresta junto a um bando alegre de druidas e rangers. A vida parecia feliz. A vida foi, de fato, feliz. Até a jovem se decidir que queria seu conforto antigo. Uma casa, boa comida, luxo. E ele, aos poucos, já começava a se interessar por novas aventuras e novas elfas e elfos a se conhecer.

Ela então começou a cobrá-lo. A pedir coisas. A pedir para morarem como gente descente em algum lugar. Ele, no inicio, cedeu. Mas em pouco tempo se sentia preso, enjaulado, sufocado. Queria ir embora. Queria viver intensamente sua juventude que, nem de longe, estava terminando! Suas saídas começaram a se tornar mais numerosas. Voltava bêbado para casa. A ignorava.

Em pânico, ela decidiu engravidar.

E funcionou. O elfo se empolgou novamente com a família, na novidade de ter um filho, e tratou a mulher grávida com toda atenção e cuidados que essa podia querer. Amou e cuidou da criança, com toda dedicação que podia ter, ensinando-lhe coisas, brincando, vivendo. Esse era Ethan. E Ethan foi feliz.

Já era um jovenzinho quando seu pai decidiu que chegara a hora de partir. Com o passar dos anos, ficava mais e mais complicada a situação dentro da casa da família que deveria ser feliz. Ele, apesar de cuidar do filho, tinha outras mulheres, incluindo uma prostituta meio-elfa com a qual era visto quase todo dia perambulando pelos becos de Lenórienn.

A mãe de Ethan ficava cada dia mais nervosa, cada dia pedindo mais e mais ervas calmantes aos druidas. Emagrecia paulatinamente, berrava com o companheiro todo dia, chorava, se desesperava. Saía de casa com um olhar trêmulo e apavorado, coberta em panos como se para esconder a própria presença. Sentia nojo de si.

Varias vezes tentara contatar a família, sendo desprezada. Não precisavam de uma elfa sem honra que estava sendo traída com uma prostituta mestiça, conhecimento geral da comunidade. Não, ela não estava obsessiva pelo companheiro. Ela apenas não tinha mais aonde se agarrar. Ou se sustentar. Criada no luxo, ela não trabalhava e não queria aprender a trabalhar para poder comer.

Sua vida se desmoronou, e junto com ela sua sanidade. Havia envelhecido décadas. E quando viu que não havia outro recurso, tentou sua última cartada para tentar manter o companheiro.

Engravidou de novo.

Mas dessa vez não funcionou.

O pai de Ethan comunicou apenas a ele no dia que fugiu, na calada da noite. Furtivo como um ladrão. Disse ao filho o quanto o amava, mas explicou seu indomável desejo por liberdade. Pediu a ele para cuidar de sua mãe, e da criança que havia de nascer. Disse que nunca ia se perdoar por não conhecer o segundo filho, e decidiu dar a Ethan uma missão; quando tivesse idade suficiente, que desse sua adaga à ele ou ela. Mas que não contasse que era de seu pai, ou seu nome, ou sua história. Ele não achava que merecia ser lembrado. E foi assim que o nome de Dandelion morreu.

Aquele elfo sumiu como se nunca houvesse existido. Fugiu com sua nova amante, a prostituta meio-elfa, para terras que nem eles sabiam o que teria. Obedecendo apenas o coração.

Enquanto o coração daquela que um dia havia sido uma jovem apaixonada, morria. Sem esperanças, com um filho em casa e outro na barriga, numa casa simples na periferia da civilização.

Ethan começou a trabalhar. Dava de comer a mãe o que conseguia, e comia o que podia. Ambos eram parias, desonrados, rastejando para conseguir algo.

Ethan só estudou por intervenção de enviados de Khinlanas, o Eterno, o rei dos elfos. Era um direito assegurado a todos os jovens estudar, e ter a chance de entrar em seus exércitos.

Graças a isso eles conseguiram um pouco mais de dignidade. Comida. Mas não era a vida idealizada pela mãe de Ethan, ser tutorada pelo reino. E com isso, ela sofreu. E com isso, ela começou a tomar ervas mais fortes, daquelas que os druidas não recomendavam a ninguém.

Depois que seu companheiro foi embora, ela mergulhou numa crise de depressão, se entupiu de remédios, e passou dias dopada com efeitos de ervas e de bebida. Ethan corria para casa para achar a mãe delirando, pedindo para morrer, ou ferindo o próprio corpo. Ela pedia compulsivamente a morte daquela criança que havia de nascer. E o jovem elfo não conseguia controlar as crises cada vez piores de sua mãe, que enlouquecia ao passar dos meses.

Várias vezes Ethan chamou aos berros clérigos para curar ela e o irmão. Novamente ela havia arranjado ervas abortivas para se livrar de um segundo bastardo, e implorava aos berros para que deixassem ela morrer. E o bebê morrer.

E ela amaldiçoava a criança e batia na barriga enquanto era mais uma vez obrigada a levar a gravidez.

Glórienn, a Deusa dos Elfos, condenava qualquer elfo que matasse um de sua raça. Independentemente do porquê, era um crime hediondo e imperdoável. Por isso ela não podia matar o filho. Mesmo que não tivesse nascido, já seria considerado um assassinato.

Ethan chegou tarde em casa certo dia, depois de ter ido aos estudos, depois de ter treinado a arte milenar da espada e do arco longo como recruta no exército élfico. Cansado, estranhou a casa escura tão cedo, quando mal havia anoitecido.

Algo sussurrou em seu âmago que havia coisa errada. Ele correu mais rápido que pode para o quarto da mãe e a encontrou chorando, compulsivamente, numa cama empapada de sangue. Provavelmente havia arranjado mais alguma erva abortiva.

Ela havia cortado a gestação, que normalmente dura dois anos completos, para apenas um ano e oito meses. Ethan demorou segundos para notar a silhueta frágil e encolhida de um bebê, dentre os lençóis sujos de rubro, que permanecia imóvel.
Sem olhar mais a mãe ele desesperadamente enrolou a criança no lençol, tentando aquecê-la como podia, e saiu correndo sem rumo pela rua, gritando por ajuda.

Quando enfim chegou a casa do clérigo que morava mais próximo, e entregou o bebê nos braços deste, já haviam se passado vários minutos. Duas magias de cura não surtiram efeito naquela criaturinha indefesa, que não estava respirando há um tempo, que estava branco de frio, encolhido sobre si mesmo.

Ethan observava, ofegante, o diminuto prematuro, de braços e pernas muito finas, provavelmente morto de hipotermia pela mãe não tê-lo acolhido no nascimento. Ou talvez pelas ervas que o jogaram para fora. Ou talvez por fome pela mãe não tê-lo alimentado. Ou talvez por ter nascido antes do tempo.

O jovem já se preparava para cobrir o rostinho pálido do bebê com o lençol quando o clérigo decidiu usar mais uma magia de cura. De modo fraco e vagaroso, a criança abriu os olhos e fitou Ethan. Olhos iguaizinhos o de seu pai, prateados.

Incrédulo, ele readquiriu afobação e pediu para aquecerem a criança, alimentarem, e assegurarem-se de que continuaria viva. E assim foi feito. E Ethan ganhou um irmão.

Quando trouxe a criança de volta para casa, sua mãe lhe amaldiçoou. Não queria vê-lo. Não queria alimentá-lo. Queria apenas que morresse. Brigou com Ethan por tê-lo salvado. Bateu no garoto pelo que ele fez.

Mas ela não teve coragem de matar a criança.

E Ethan pode manter em casa seu irmão, mesmo que de maneira precária, que por mais que tivesse que dormir em uma caixa improvisada de berço na cozinha, pode viver.

O elfo se perguntou se o bebê não teria mesmo morrido, e se o clérigo não havia tido pena dele e o ressuscitado. Se isso havia acontecido de fato, o tal clérigo escondida seu poder real da comunidade. Ethan decidiu não pensar nisso. Afogou totalmente a idéia de que sua mãe realmente havia visto o bebê morrer em sua frente sem fazer nada.

Dias depois, apresentado à gloriosa nação élfica, foi batizado o bebê. Pelo mesmo clérigo que a salvara, e pelo seu irmão. A mãe não compareceu. Ela se trancou em casa. Ela nunca mais sairia de casa, desde então, se envenenando em ódio e loucura.

Marthynoâm Ammarândíl é o nome de batismo do menino que seria conhecido apenas como Martin. A criança que deveria estar morta.

Ethan cresceu, largou os estudos, e começou a se dedicar integralmente ao treino militar e ao trabalho, para sustentar a família.

A elfa amargurada aprendeu a conviver com a criança que tinha os olhos de quem, um dia, havia sido seu amado. Não demonstrava preocupação alguma, jogando toda e qualquer responsabilidade no irmão mais velho, sobre alcunha que cuidasse da criança que, afinal, só viveu por causa dele. Mas ela conseguia conversar com o pequeno, e até deixava-o chamar de mamãe, e até deixava-o rastejar por alguma migalha de atenção.

O modo dela de ferí-lo era quase cirúrgico, xingando-o de bastardo ao mesmo tempo que acariciava sua cabeça. Martin pedia aos choramingos Ethan para parar de falar para a mãe não batê-lo, porquê ela só fazia isso por amá-lo.

Ela dizia a ele que tinha que levar surra calado, pois seria uma pessoa melhor se agüentasse, e que deveria ser punido pelo que havia cometido. Crimes parvos, como derrubar comida para fora do prato, freqüentemente resultavam em punições severas e agressões físicas.

Mas era uma das poucas atenções dela para com ele.

Então ele sabia que aquilo era carinho. Então ele ria enquanto sentia seu corpo formigar de dor à noite.

“Mamãe te ama.”

E ele agüentou a vida arrastada, graças aos ensinamentos de Ethan. Ethan tentou criar Martin como seu pai o havia criado; com atenção, com carinho, dentro do possível de suas obrigações. Ethan ia à escola enquanto os educadores reclamavam da postura de Martin; assustado, arredio, passando para agressivo de uma hora a outra. Ele sempre fora totalmente isolado. O único que conseguia lidar com ele era, de fato, seu irmão.

Martin teve crises de depressão desde pequeno. Vomitava com freqüência, não comia quase nada. Sua mãe lhe dizia que era um gasto de despesa, e assim ele achava. Ela dizia que ele comia demais, e assim ele concordava.

Com isso o garoto esquálido de olhos arregalados ficou anoréxico. Com isso ele começou a pensar em se matar. Só não o fez, pelo seu irmão.

Ethan sempre soprava um pouco de vida naquele menino que já devia estar morto. Que era indiferente para sociedade, já que não conversava com ninguém, não era bom em nada, e que não tinha um único amigo.

Ethan brincou com ele, e contou histórias antes de dormir para ele, e comemorou festas de aniversário com ele. Sempre que passava nos bosques próximos a casa onde eles viviam, ele colhia algumas amoras para Martin.

Muitos anos depois, Ethan finalmente concluiu que era incapaz de manter mãe e irmão debaixo do mesmo teto sem que ela ameaçasse a integridade física do garoto. E por isso passou a morar parte do tempo fora, evitando ao máximo trazer Martin para sua casa original.

O amigo mais querido de Ethan, La-Uth, o último herdeiro da casa dos Uth-Fir, morava sozinho em uma enorme mansão que em seu nobre passado havia sido lotada de glória e alegria. Ele aceitou de bom grado abrigar os dois Ammarândíl e ajudá-los no que fosse preciso, enquanto Ethan trabalhava o quanto podia.

Conseguia dinheiro para manter a mãe com certa qualidade de vida dentro da casa dela, e o necessário para cuidar do irmão pequeno na casa de La-Uth, mesmo que de vez enquando acabasse sendo forçado a aceitar uma ajuda financeira do outro elfo. Aqueles tempos foram, de certa forma, tranqüilos.

Até La-Uth ser expulso de Lenórienn por algum motivo que Ethan nunca conseguiu compreender. Até os irmãos voltarem a viver na mesma casa que a mãe, num inferno diário que consumia aos poucos cada um deles.

Até a guerra.

O dia que todas as tropas foram convocadas para lutar contra o exército goblinóide, que havia rodeado a cidade dos elfos. O dia que terminaria com A Guerra Eterna. O dia que Khinlanas, o Eterno, havia decidido levar todos seus súditos para um suicídio em nome de seu orgulho e honra, numa batalha obviamente perdida.

Naquele dia, Ethan foi embora. Deixou a mãe fechada no quarto, e abraçou o irmãozinho, mentindo que voltaria. Deu a ele sua adaga preferida, Dandelion, mas sem revelar o nome ou a história, como havia prometido ao pai. Pediu para ele ser bravo, e proteger a casa e a mãe. Para não se render. Beijou-o na testa, e se despediu para sempre, ignorando o choro do menino.

Ethan foi à guerra, e nunca mais voltou para casa.

Os hobgoblins invadiram aquela casa simples algumas horas mais tarde, capturando e arrastando para fora Martin e sua mãe.

E Martin não pôde proteger a casa. Nem sua mãe. Porque teve medo. Não usou a arma. Ao ver a cidade cheia daquelas criaturas assustadoras, se escondeu debaixo da mesa da cozinha, aos prantos. Fora arrancado de lá pelos cabelos, apanhando, sentindo sangue encher suas narinas.

Sua mãe berrava para matarem ele, não a ela. Pedia para levá-lo, mas não a ela.

Tentando tirar informações da elfa, era conhecido aos hobgoblins que fazer filhos sofrerem na frente das mães era um bom modo de fazer as elfas abrirem o bico. E Martin lembra os dias, talvez semanas, talvez anos, que passou sendo arrastado para frente da mãe, num calabouço escuro, para uma eternidade de dor e sofrimento.

Do suor, do gosto metálico do sangue, do barulho de ossos – seus ossos – sendo esmigalhados. O clérigo de Ragnar o curava, para que tudo prosseguisse.

Lembra-se das lágrimas, do gosto de terra, do cheiro daquelas criaturas. Da sensação dos cortes, do frio das lâminas. Da rouquidão da garganta cansada de gritar, do nojo de ser tocado daquela forma, do abuso, da humilhação. Da dor, da fome, do medo. Do desejo inacreditável de morrer logo, finalmente.

E tudo na frente de sua própria mãe.

E ela berrava que não conhecia a criança. E ela o chamava de mentiroso quando ele a chamava de mamãe, por meio a choros e berros.

Depois de cinco dias, os hobgoblins concluíram que era inútil continuar tentando. E cortaram a cabeça dela na frente de Martin.

E ele percebeu que aquilo não lhe trouxe tristeza. Isso lhe trouxe uma euforia do estômago à garganta, uma vontade louca e selvagem de gargalhar.

E isso lhe trouxe a culpa, e ele decidiu se convencer de que ninguém o amara tanto no mundo como sua mãe e irmão, e que ele era um ser imundo por não ter sentido dor ao ver a própria mãe morrendo. E ele decidiu se culpar por isso.

Não protegeu a casa. Não protegeu a mãe. E a odiou.
E ele ficou perdido quando um grupo de soldados élficos sobreviventes mataram os hobgoblins daquele lugar. E Martin não tinha certeza se estava feliz quando fora posto em liberdade, com um grupo de retirantes famintos que fugiam como vermes para as terras dos humanos.

No começo tinha esperança de reencontrar Ethan, o que lhe deu forças para sobreviver.

O que nunca aconteceu.

Que fim levou Ètthanwym Ammarândíl? Ele provavelmente está morto. Ou deveria estar morto. Ou enterrou o passado de tal forma que, hoje em dia, é como se nada nunca tivesse acontecido.

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Um comentário:

Nymphetamine disse...

Comecemos com o template novo: ótimo! Sim, sim, agora a visualização ficou muito mais fluida e fácil, afinal de contas trocar de linhas em excesso era realmente cansativo e o preto no fundo atrapalhava horrores.

Sobre o conto, vou dividir o comentário em duas partes...

I) Chatisses de gramática:

a) "Nos primeiros anos, os dois foram felizes. Fugindo junto, nunca ficando em lugar nenhum,(...)"
> Nos primeiros anos, os dois foram felizes. Fugindo juntos(...)

b) Sua vida se desmoronou, e junto com ela sua sanidade.

> Desmoronar é intransitivo, então nada "se desmorona", simplesmente desmorona.

c) Pediu a ele para cuidar de sua mãe, e da criança que havia de nascer.

> O "havia" é passado, então essa construção não faz sentido, acho que deveria ser algo como "haveria de nascer"

d) Dava de comer a mãe o que conseguia, e comia o que podia.

> Dava de comer à mãe; Crase, always gets me too.

II) Comentário sobre o texto de fato.

Gostei. Acho interessante como você prefere colocar períodos e parágrafos curtos, dá ao texto uma noção de fluidez.

Foi bom saber sobre a história em si, talvez ficasse legal se você tentasse descrever um pouco o Martin interagindo com outras crianças élfas (admitindo, é claro, que ele interagisse com alguma).

Há mais o que ser contado sobre o que aconteceu com o Martin antes de ele começar no jogo? (perdi) É que eu entrei meio tarde na mesa então não sei exatamente em que pé a criança-problema estava no início.

Bom... Parabéns, continue escrevendo.

Ps: A cambada podia tomar vergonha e comentar de vez em nunca.